O garoto possui uma personalidade calma e humilde, não se achando grande coisa, e nunca está ao passo de corrigir ou julgar ninguém. É um bom ouvinte e costuma falar oque pensa, mas também, estando ao ponto de se omitir se for necessário e não falar nada. De todo modo, é alguém genuinamente compreensivo e humano, que se coloca no lugar do outro quando lhe é pertinente, buscando entender a situação do que acontece. Ele sempre busca fazer o que parece ser uma boa ideiia de acordo com os seus ideais, e o que for errado ele não fará. É alguém que se alguém for errôneo consigo, ele será intrinsecamente malicioso, ao ponto de poder matar determinado inimigo ou pessoa se assim ele o quiser. Normalmente, para termos gerais é considerado alguém neutro, o mesmo arquétipo que Yuki Yuzu. É alguém que costuma ser sociável, mas na verdade, ele é ambivertido. A depender do ambiente, ele pode falar bastante, ou falar pouco, ou, no pior dos casos, não falar nada. Mas em suma, consegue se relacionar bem com as pessoas ainda que possa parecer frio ou sem emoções, mas na verdade, sente demais, e apenas demonstra seus sentimentos quando está de maneira unipessoal ou quando realmente não se é possível aguentar aquele sentimento ou emoção, deixando aquilo escapar.

Uzumaki Chiyoma, o filho de Uzumaki Rodako, o Ex- Membro Conselheiro da Cúpula do Fogo. Na verdade, já podemos excluir essa última parte e recomeçar do zero. Uzumaki Chiyoma, o filho bastardo de Uzumaki Rodako, nunca reconhecido pelo mesmo, na verdade, nem passa pela cabeça do Ex-Conselheiro que há mais um filho de sua linhagem além de Misaki Uzumaki, sua caçula. Pra começo de conversa, sua mãe, Dekina Uzumaki, era uma kunoichi do Clã Uzumaki. Mas melhor tudo, ela era um ninguém. Como pode se dizer, alguém tímido não tem a mínima capacidade de alcançar pessoas ou objetivos, e eis a questão, Dekina amava Ashura, desde a tenra idade da Academia. Aquele garoto de fios vermelhos, com olhos cinzas e bem, tão confiante e imponente aos seus olhos, que era como um raio de sol, onde os olhos rosas brilhavam como se diante de si existisse um Deus.

De fato era um Deus, aquele homem viria a se tornar no futuro, o Membro do Conselho do Fogo do Hokage, mas também um dos shinobis mais poderosos de sua geração. Dekina ficaria para trás, mesmo que ainda fosse forte, dominasse o Heal Bite, usasse as correntes com maestria, mas Rodako nunca deu um olhar sequer, parecia que ela invisível aos seus olhos, como se não existisse. Mas durante um período mais tarde, em um momento onde a vila toda estava em festa, naquele mísero momento, algo aconteceu. Foi apenas um rolo, mas ali se concebeu um garoto. Os dois estavam bêbados, e dançaram juntos na escuridão, Rodako lhe segurou pelos cabelos quando vomitou. Mas ali era um único momento, tão raro entre duas pessoas.

Isso duraria pouco. A garota só estava obcecada pelo seu amante, mesmo sabendo que ele era casado e que não poderia estar com ela. Ver seu amor com outra pessoa, a deixou louca. Ela surtou, Ashura sequer se lembrava de sua existência, era só mais uma pessoa no seu atarefado ciclo de vida. Foi a gota da água, definitivamente, ela estava grávida, mas, de todas as maneiras, o filho em seu ventre era genuíno, um Uzumaki legítimo, filho do Ex Conselheiro do Hokage. Então, Chiyoma nasceu, ela o cuidou com todo carinho que podia, com tudo que tinha, mas ela nunca teve coragem de dizer ao Conselheiro que ela tinha um filho dele. Jamais.

Como se não bastasse, alguns anos depois, nasceu Misaki Uzumaki. A filha do Conselheiro com outra pessoa. Aquilo foi como uma facada em coração, porque ela já tinha Chiyoma, o garotinho com o mesmo tom de ruivo e com os olhos iguais, era como uma versão de calças de si mesma, com a pele clara, aquele mesmo olhar, aquele mesmo jeito de se portar, ele era tão parecido com o pai, era como estar com ele apesar de tudo. Mas tudo bem, ela iria criar o seu Uzumaki. E ela o fez, ensinou tudo que sabia ao filho, e também o matriculou na academia, e cuidou dele enquanto as dores, as insônias e os pesadelos tomavam conta de sua mente, a debilitando ao longo dos anos. E então, em um ato de último suspiro, quando Chiyoma já estava graduado como Chunnin, ela o chamou no leito de sua morte, para lhe contar a verdade.

Depois que sua mãe partiu, ele nunca culpou o Conselheiro. Nunca. Não era culpa dele. Não era culpa dela. Não era culpa de ninguém. Mas seguiria em frente, não iria estragar a vida de ninguém só por conta do seu parentesco. Então, seguiu a vida. Fez muitas missões, salvou pessoas, estudou, e treinou, se dedicou como sua mãe gostaria. Como ela gostaria, mantendo seus princípios e valores. E então, ao servir em uma grande problemática, Chiyoma ganhou renome ao ser um ninja versátil, seguindo para curar seus aliados, ao mesmo tempo que conseguia lutar na linha da frente, sendo um médico de suporte. Chiyoma acabou recebendo a alcunha de Akapansa, que significa "Pantera Vermelha." Por conta disso, por seus esforços, Chiyoma acabou sendo nomeado guarda costas do Hokage, Uzumaki Ashura, tempos depois.

Havia se graduado como T. Jonnin, recebendo tal honraria. Agora era só seguir para a Reunião das Sombras. O mais choque para Chiyoma, talvez, fosse o fato de que estaria sendo guarda costa da figura mais importante do País do Fogo O motivo pelo qual sonhava com fantasmas quando era criança, um homem ruivo sempre aparecia em seus sonhos e ele se perguntava o porquê, ganhando então medo de fantasma. O motivo pelo qual após a descoberta sobre sua paternidade, o levou a fumar para conter o estresse de sua própria mente, o tornando um fumante inveterado. Isso, somando ao seu problema de Enjôo. Mas ele estava firme e forte, iria fazê-lo, ele sabia que um dia, chegaria longe para servir ao homem que não era o melhor, imperfeito, mas que estava mantendo Konoha nos eixos.