Fazia algum tempo desde que estava ali. Indra não podia negar que os treinamentos oriundos dos Shugonins não era um dos mais fáceis, pois todos, sempre, sempre, sempre tinham um padrão a seguir: o da rigorosidade. Mas acima de tudo,o Inuzuka poderia aprender bastante com aqueles que seriam os monges da Vila Oculta da Folha. Desde seu chi até sua harmonia com o próprio corpo era ensinado ali dentro, e Indra com certeza poderia ter sentido uma evolução espiritual de si mesmo como pessoa e como um ser composto de uma alma.

Não só, todos os privilégios que Indra tinha, com certeza ele não tinha em nenhum outro lugar. Tudo era tão vasto e tão farto que ele por um momento se questionou o quão baixo poderia ser o padrão que vivia no Residencial do Clã Inuzuka se aquilo tudo parecia tão infinito? Mesmo assim, Indra não buscou se deixar levar pela soberba, pela ganância e pelo orgulho, embora tudo isso parecia tão difícil de lidar.

Então, Indra já estava acordado. O garoto estava de pé enquanto a água morna caia sobre seu cabelo laranja. Por ter se tornado um guardião, ele havia cortado seu cabelo. Não tinha mais seu rabo de cavalo, e seu cabelo então parecia mais escorrido a partir daí. A água tomava conta de seu corpo enquanto escorria pela sua pele clara. Então, ele abriu os olhos, aqueles olhos turquesas. — Bem, mais um treinamento hoje né. — Respondeu para o vento enquanto sorria.

Sathan estava se esfregando em um pente gigante de madeira, passando seu corpo para lá e para cá enquanto se enchia de espuma de sabão pelo esfrego constante. Era impressão de Indra ou seu cachorro havia engrossado o próprio corpo? De qualquer forma, o garoto manteve seu sorriso e apenas fechou os olhos, pegando a bacia de madeira e jogando água contra sua cabeça. Então, após algum tempo, Indra sairia com Sathan em direção ao seu quarto.

Aquilo era insano. Indra caminhava com a toalha na cintura com Sathan totalmente em um roupão. Ele precisaria se vestir. Após se vestir com suas vestes regulares, ele então estava pronto para mais um dia quando guardas entraram no local. Eram guardas do Templo que agiam como vigilantes dentro do estabelecimento. Assim, o Konoha no Kiba recebeu seu pergaminho, o abrindo e lendo com cuidado. Uma euforia tomaria conta do jovem enquanto ele passava os olhos sobre as sagradas escrituras, mas buscaria se conter.

[...]

No tempo designado, o garoto compareceria ao local, buscando prestar atenção em cada detalhe apesar de que sua bunda parecia querer fazer uma limpeza suave de nervosismo estomacal. Sathan o acompanhava ao lado. E então, o garoto procedeu ao local onde deveria estar para conversar com o líder. Ao parar, em silêncio, buscaria fazer uma fervorosa e respeitosa reverência antes de perguntar de olhos fechados. — Pois não, meu senhor? — Questionaria. Dizer aquelas palavras era difícil, pois nem a Hokage ele chamava de senhora. Mas naquele momento, ele precisava se forçar.

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Bom, estar na presença do líder Hyuuga era um pouco hm… Assustador. Quer dizer, um homem de aparência cansada passando algo aos recém graduados Chunnins era como se estivesse realmente no fundo do poço, sequer olhava para alguns dos guardiões. Indra notou quando em uma sucessão rápida de olhar, o jovem cansado trocou olhares com Yanaka. Ainda que a sua percepção fosse um ponto abaixo de sua velocidade, ainda assim, ele fora capaz de perceber.

Não só, a situação era simples, uma missão de vigília e espionagem, do tipo que o garoto gostaria que fosse, porém, a questão era muito mais séria do que parece, pois se tratava de uma família de larápios. Não só, uma garota chegou para atrapalhar o clima passado enquanto o Hyuuga explicava, deixando as coisas um pouco tensas quando educadamente o jovem mandou a garota com um ar arrogante calar a boca, ou quase isso. Indra recebeu o que seria então um pergaminho com maiores detalhes.

De última hora deu uma olhada discreta para a garota, ou tentou, mas acabou transparecendo o desgosto em sua feição de como a garota havia sido tão arrogante ao ponto de insultar um líder que tudo administrava naquele lugar. Não era tão legal assim. Assim, o Inuzuka ergueu a mão ao peito e fechou os olhos. — C-como quiser meu lorde. — Falar palavras tão formais era doloroso, ele podia sentir os músculos de sua boca doerem. Com isso, se despediu e seguiu com os outros dois para receber visitantes.

— Isso é nojento, quebra a harmonia desse lugar. Mas fazer o que se até mesmo um lugar como o Manso do Fogo tem seus problemas internos. — Respondeu Indra, olhando para sua própria sombra enquanto caminhava, com as mãos atrás da nuca. Por um momento ele se lembrou de Hanzen. Se perguntou se realmente faria diferença com o cara junto ou não, talvez não, porque ele era bem chato. — Zuyu-san disse que ficaria no período da noite, hah? — Questionou o ruivo, exibindo um sorrisinho.

— Decidido, ficarei com o turno da manhã assim que a flocos terminar, assim, revezo com ela, meu cachorro pode me acordar e eu preparo de antemão minhas coisas. Cê pode ficar com o turno da noite, Naka-san. — Sugeriria, gesticulando enquanto falava. — Que tal? — Sathan caminhava ao lado, quieto.

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